

A maior ponte marítima do mundo fica na China. Até aí, nenhuma surpresa. A nação mais populosa do planeta tem tradição de obras grandiosas, a começar pela famosa Muralha, que chegou a ter 21 mil quilômetros de extensão. Mas, para a Bahia, essa informação tem uma relevância a mais, com relação direta com aquela que pode ser a maior construção do estado em muitas décadas: a conexão entre Salvador e a Ilha de Itaparica.
Foram as estatais China Communications Construction Company (CCCC) e China Civil Engineering Construction Corporation (CCECC) as responsáveis por construir a ponte de 55 km entre Hong Kong, no meio do Oceano Pacífico, e Macau, no continente chinês. E elas também são o consórcio que construirá, nos próximos anos, a Ponte Salvador-Itaparica, com seus 12,4 km.
“A China Communications Construction Company e a China Civil Engineering Construction Corporation possuem um portfólio extenso de grandes entregas, como a maior ponte do mundo, na China, ligando Hong Kong a Macau. Elas irão trabalhar em conjunto com empresas locais que também serão contratadas para executar a obra”, disse o CEO da Concessionária, Cláudio Villas Boas, em comunicado enviado à imprensa nesta quarta-feira, 11.
Além da ponte em si, as estatais chinesas também devem investir em um grande sistema viário, que começa em Salvador, com a construção de dois túneis e quatro viadutos, e continua no município de Vera Cruz, na ilha de Itaparica, onde uma via expressa será construída em direção à BA-001 e a Ponte do Funil, ambas duplicadas até Nazaré, no Recôncavo.
Os vídeos do projeto básico de todo o sistema viário, incluindo a ponte, foram divulgados em primeira mão pelo Portal A TARDE na última sexta-feira, 6.
Tempo e dinheiro
A ponte Hong Kong-Macau teve sua construção iniciada em 2009, mas só terminou em 2018, após um investimento de 20 bilhões de dólares (R$ 110,7 bilhões, na cotação desta quarta), o que representa um incremento de tempo e dinheiro na obra, prevista para encerrar em 2016, com um custo estimado de 6,4 bilhões de euros (R$ 40,8 bilhões).
Na Bahia, a previsão de tempo de construção é menor, assim como o custo estimado. Segundo informações oficiais do governo do estado e do consórcio chinês, a Ponte Salvador-Itaparica deve ser levantada em 60 meses (cinco anos), a um custo estimado de R$ 10,42 bilhões. Atrasos e aumentos de preço, porém, também são comuns em obras brasileiras.
Soluções de engenharia
Revolucionária, a ponte chinesa é dividida em três partes, sendo duas sobre o mar do Pacífico e outra subaquática, em um túnel de 6,7 km, garantindo a navegação marítima na região. Ilhas artificiais foram construídas, para possibilitar a instalação da agem por debaixo das águas.
No caso da Ponte Salvador-Itaparica, a solução é mais conservadora. Para garantir que navios continuem transitando na Baía de Todos-os-Santos e em o terminal portuário soteropolitano, haverá um vão maior em uma das partes da construção, pensada para possibilitar as agens dos maiores navios do mundo.
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